Recentemente li o livro Drive – Motivação 3.0 de Daniel Pink, apresenta de uma forma clara e bem sintetizada as fases da motivação e seus três elementos fundamentais para alcançar melhores resultados estando verdadeiramente motivado.
Segundo Pink, a humanidade ao longo de sua existência em que conhecemos passou por diferentes fases do processo de motivação.
A primeira fase é a Motivação 1.0: O que motivava o homem paleolítico era sua sobrevivência em suas necessidades básicas, abrigo, fome, sede.
Na segunda fase temos a Motivação 2.0: É o modelo em que grande parte das empresas aplica até hoje, baseada na teoria da cenoura & do chicote, onde um lado temos recompensas externas, prêmios, bônus, remuneração e quando as coisas não vão bem, temos o “chicote”, perder o bônus anual, o emprego, os benefícios e demais punições corporativas.
Esse modelo até fazia sentido no século 20, mas não funciona no século 21. No passado a maior parte do trabalho era de natureza algorítmica, tendo uma série de procedimentos e regras a serem seguidas para se obter o resultado, puramente focado em execução. Neste tipo de trabalho em que pouco se pensa e mais se executa, recebe-se por produção, quanto mais produção, melhor sua remuneração.
No século 21 vimos que estes trabalhos repetitivos podiam ser automatizados, não precisavam mais serem feitos por humanos. Dessa forma, o trabalho do século 21, acaba sendo um trabalho de natureza heurística, onde exige pensamento e reflexão. Percebemos que para trabalhos de natureza heurística o modelo de recompensa e castigo não funciona. Esse é o problema que encontramos em culturas de algumas empresas nos dias de hoje.
Chegamos então na terceira fase onde temos a Motivação 3.0, que sustenta-se por três pilares:
Autonomia: Desejo humano de estar no controle da própria vida, liberdade de horário, liberdade com quem vai trabalhar e liberdade da tarefa executada, ser responsável pelo que produz. Para que haja empreendedorismo interno é necessário autonomia.
Excelência: Desejo de tornar-se melhor em algo relevante, é ter o mindset de busca constante por aprimoramento, sabendo que suas habilidades estão sempre suscetíveis a melhorias.
Propósito: Desejo de fazer o que fazemos baseados em algo muito maior do que nós mesmos. Acreditar no que faz e entender os reais motivos que o faz levantar da cama para ir trabalhar.
O que o motiva? Você levanta da cama toda manhã animado por conta de seus desejos extrínsecos ou intrínsecos? E como você motiva sua equipe? Estamos vivendo em um período V.U.C.A – com alta volatilidade (volatility), incertezas (uncertainty), complexidades (complexity) e ambiguidade (ambiguity), um mundo cada vez mais acelerado, com informações e mudanças constantes, não basta oferecer estímulos externos para manter uma equipe engajada e motivada. é necessário ir além, pensar de forma disruptiva para atender a necessidade e demanda de cada um.